TUDO SOBRE A COMUNIDADE DAS ARTES

Ajuda-nos a continuar a ajudar a comunidade na busca de oportunidades, e a continuar a levar-te conteúdos de qualidade.

Ajuda-nos a continuar a ajudar a comunidade na busca de oportunidades, e a continuar a levar-te conteúdos de qualidade.

Selecione a area onde pretende pesquisar

Conteúdos

Classificados

Recursos

Workshops

Crítica

Entrevistas

Tomás Tojo, Telma Antunes, e o Festival Jardins Abertos

Por

 

COFFEEPASTE
2 de Maio de 2024

Partilhar

Tomás Tojo, Telma Antunes, e o Festival Jardins Abertos

O Festival Jardins Abertos acontece em Lisboa durante o mês de maio de 2024. Conversámos com Tomás Tojo, diretor do festival e com Telma Antunes, atual programadora.


Falem-nos das origens do festival Jardins Abertos

O festival Jardins Abertos surge como estratégia e resposta à vontade de promover uma conexão forte e positiva com a natureza, aliando a sustentabilidade ao contexto urbano. Uma vontade que rapidamente se tornou coletiva e, como uma semente lançada à terra, assim o festival fixou as suas raízes e cresceu. Ao longo de várias edições abrimos dezenas de jardins da cidade de Lisboa e desenvolvemos visitas guiadas, oficinas e muitas outras atividades, cruzando as artes com a botânica e a sustentabilidade


Que balanço fazem das edições passadas?

Dos 80 visitantes da primeira edição, o Jardins Abertos contou com mais de 23 000 participações nas edições do festival em 2023. A cada edição a adesão do público é crescente, afirmando a posição cimeira do festival no movimento social para a promoção de uma maior consciência ambiental e rumo a um futuro cada vez mais responsável.

Porque decidiram estender a programação por todo o mês de maio?

Desde o seu início o projeto já teve vários formatos. Desde 2019 até 2023 contou com edições na Primavera e no Outono. Apesar da beleza e relevância de evidenciar a sazonalidade nos jardins, a imprevisibilidade meteorológica no outono tornou as últimas edições nesta estação mais stressantes e periclitantes. Assim, decidimos - por uma questão de sustentabilidade, gestão de recursos, disponibilidade das equipas e de forma a ganhar tempo de reflexão e preparação entre edições - regressar a uma única edição anual que acontece na primavera, ao longo de vários fins de semana consecutivos.


Como esperam convocar todos os cinco sentidos nos eventos que propõem?

Através de atividades que evidenciam algum dos sentidos em particular ou então experiências sinestésicas. Tentar convocar o foco e a atenção para o paladar ou o olfato, por exemplo, e observar os efeitos que essa perceção mais orientada pode oferecer. Ou a curiosidade que gera. Ou a confusão entre sentidos. Brincar com a maneira como percepcionamos o mundo natural como uma tentativa de nos aproximarmos mais intimamente dele.


Falem um pouco do que chamam de “ecologia poética” e "ecologia sensorial"

Adoptamos estes termos - ecologia poética e ecologia sensorial - para evocar um princípio de imersão multissensorial na paisagem de cada jardim ou espaço verde que integra a programação. Fazemos o convite a experimentarem e conhecerem cada um, aproximando-se da sua ecologia e biodiversidade, que comunicam informações específicas aos nossos aparatos sensoriais. Imaginar cada jardim como um poema ecológico que lemos com todos os nossos sentidos. Especialmente se nos permitimos tempo, desaceleração, atenção. E negociar connosco mesmos a adopção de uma perspectiva menos antropocêntrica nestas interações.


O que vos ocorre destacar da programação?

O nosso foco é a educação ambiental e o ativismo regenerativo social e ecológico, os jardins são pretexto e lugar onde se promovem estes temas - nas suas múltiplas ramificações e complexidades - debatendo sobre a sua importância à escala local e global e convidando as pessoas a um envolvimento direto e não meramente conceptual ou ideológico. Nesta edição, para além das habituais visitas e oficinas, destacamos as visitas ao nascer do sol, os passeios olfativos, os banhos de floresta, a oficina de poesia somática, os mapas sensoriais do jardim para famílias, e as performances artísticas.


O que podemos esperar da experiência gastronómica que encerra o festival?

Resultado da colaboração entre os chefs Liliana Escalhão e Claiton Ferreira e a artista floral Pauline Daly, surgiu esta performance / instalação / experiência que trará vários momentos gustativos que celebram a jardinagem e o mundo da botânica. Contaremos também com o apoio da Planta Livre na oferta de plantas aromáticas.
A Planta Livre é uma empresa familiar com viveiros próprios, dedicados à produção de plantas ornamentais, com mais de 77 hectares de produção. Ao longo dos últimos anos tem apoiado o Festival Jardins Abertos em diferentes projetos, como é o caso das “Varandas Verdes”, o “Mercados Jardins Abertos”, algumas performances e outros eventos do festival. Este ano, contamos com o seu apoio e doação de plantas na abertura do festival e no encerramento, que consistirá num percurso/performance/ instalação gastronómica e floral, onde será possível mergulhar numa experiência sensorial muito curiosa.


É importante a gratuitidade dos eventos?

O nosso evento promove a educação ambiental e, por ser um tema urgente e muito importante à escala global, acreditamos que este debate e oportunidade devem chegar a todas as pessoas sem uma barreira ou constrangimento financeiro. É importante que a cultura e o saber cheguem ao máximo de pessoas possíveis para uma sociedade mais informada, e se possível mais consciente e justa.


Qual o lugar do público e como tem crescido?

O público de largos milhares de participantes vincula a reflete a pertinência e a importância deste projeto na cidade. Através da sua participação o nosso público recebe conhecimentos e experiências relevantes para um melhor entendimento do património vegetal, os temas da botânica, ecologia e da sustentabilidade ambiental.


Ainda há muito por descobrir nos nossos jardins?

Desde o seu início o festival já abriu mais de 120 jardins na cidade de Lisboa. O desafio de encontrar novos jardins e espaços verdes torna-se cada vez maior. Se descobrir novos jardins fosse agora um trabalho fácil, significaria que estaríamos a viver numa outra cidade e realidade. Mas nem só o que é novidade é interessante, voltar a olhar o que já conhecemos ‘com novos olhos’ também é um exercício importante.


Que inquietações relacionadas com os temas do festival vos visitam?

As alterações climáticas, a desconexão, a desinformação e iliteracia em relação aos temas da ecologia e do meio ambiente. A separação entre o eu, nós humanos e a Natureza e o mundo vegetal. Como reverter ou mitigar a crise climática a partir de uma abordagem positiva, em que nos re-apaixonamos pela ecologia do mundo e reconhecemos o nosso lugar justo, em paridade com qualquer outro ser vivo e senciente.

Apoiar

Se quiseres apoiar o Coffeepaste, para continuarmos a fazer mais e melhor por ti e pela comunidade, vê como aqui.

Como apoiar

Se tiveres alguma questão, escreve-nos para info@coffeepaste.com

Segue-nos nas redes

Tomás Tojo, Telma Antunes, e o Festival Jardins Abertos

Publicidade

Quer Publicitar no nosso site? preencha o formulário.

Preencher

Inscreve-te na mailing list e recebe todas as novidades do Coffeepaste!

Ao subscreveres, passarás a receber os anúncios mais recentes, informações sobre novos conteúdos editoriais, as nossas iniciativas e outras informações por email. O teu endereço nunca será partilhado.

Apoios

01 República Portuguesa
02 Direção Geral das Artes
03 Lisboa

Copyright © 2022 CoffeePaste. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por

Tomás Tojo, Telma Antunes, e o Festival Jardins Abertos
coffeepaste.com desenvolvido por Bondhabits. Agência de marketing digital e desenvolvimento de websites e desenvolvimento de apps mobile