"Catarina e a Beleza de Matar Fascistas" em Viseu e Penafiel no início de 2025

A peça "Catarina e a Beleza de Matar Fascistas", do aclamado dramaturgo e encenador Tiago Rodrigues, será apresentada em Viseu e Penafiel no início de 2025, como parte de uma digressão internacional. As datas anunciadas incluem o Ponto C, em Penafiel, de 24 a 26 de janeiro, e o Teatro Viriato, em Viseu, a 31 de janeiro e 1 de fevereiro.

O espetáculo, que estreou em 2020 no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, tem sido aclamado por plateias e crítica em diversos países. A obra aborda temas como a responsabilidade individual e coletiva através da história de uma família que mantém uma tradição peculiar: matar fascistas. A narrativa culmina num monólogo de um dirigente de extrema-direita, que chega ao poder com maioria absoluta.

A peça regressa a Portugal após uma passagem por Nova Iorque, onde esteve em cartaz na Brooklyn Academy of Music, com a programadora Amy Cassello a descrevê-la como "uma experiência teatral poderosa e incrivelmente oportuna". Em 2024, "Catarina e a Beleza de Matar Fascistas" passará ainda por teatros em França, Suíça e Chipre, antes de retornar aos palcos nacionais.

Além deste regresso, a temporada 2024-2025 será marcada pela intensa atividade de Tiago Rodrigues, atualmente diretor artístico do Festival d'Avignon. A peça "Hécuba, não Hécuba", estreada em julho no festival francês, será apresentada em janeiro no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e no Theatro Circo, em Braga, em fevereiro. A obra explora o cruzamento entre tragédia grega e questões contemporâneas, ao retratar a história de uma atriz que ensaia "Hécuba", de Eurípides, enquanto enfrenta os desafios de ser mãe de uma criança autista.

Outro destaque é "No Yogurt for the Dead", inspirado nas experiências pessoais de Rodrigues com o seu pai, o jornalista Rogério Rodrigues. A peça estrear-se-á na Bélgica em janeiro e estará em cena em Portugal em fevereiro, na Culturgest, em Lisboa.

Com várias produções em digressão global, Tiago Rodrigues reafirma o seu estatuto como uma das figuras mais influentes do teatro contemporâneo, representando Portugal em alguns dos palcos mais prestigiados do mundo.

Foto: Teatro Nacional D Maria II