"Desaguar": Arte contemporânea questiona fronteiras e celebra a água em três regiões portuguesas

Um novo projeto de criação artística, intitulado "Desaguar", irá ligar três pontos distintos do território português: Vila Nova de Cerveira, no Alto Minho; Loulé, no Algarve; e São Miguel, nos Açores. Com foco na descentralização cultural e na importância da água, a iniciativa decorrerá entre fevereiro de 2025 e maio de 2026.

Coordenado pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira, em colaboração com o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas (Açores) e a Galeria de Arte do Convento do Espírito Santo (Loulé), o "Desaguar" propõe questionar as fronteiras e os conceitos de centro e periferia através da arte.

Residências artísticas, oficinas comunitárias e exposições serão algumas das atividades que irão decorrer nestes três locais, marcados pela presença da água nas suas paisagens. "O primeiro vetor deste projeto é, precisamente, o elogio da água, a sua ação determinante para a sustentabilidade", explica a fundação.

O projeto contará com a participação de seis artistas em residência: Ana Maria Pintora, Bertílio Martins, João Amado, Margarida Andrade, Milita Doré e Patrícia Oliveira. Cada um deles irá desenvolver o seu trabalho em cada uma das regiões, culminando numa exposição final.

Em Vila Nova de Cerveira, as residências decorrem entre 2 e 13 de junho de 2025, com a exposição final prevista para 28 de março a 23 de maio de 2026. Na ilha de São Miguel, as residências acontecem entre janeiro e novembro de 2025, com a exposição final a decorrer de 20 de setembro a 30 de novembro de 2025. Em Loulé, as residências estão agendadas entre janeiro e maio de 2025, e a exposição final decorrerá de 23 de janeiro a 14 de março de 2026.

Com direção artística de Mafalda Santos e curadoria de João Serrão e Mirian Tavares (Loulé) e Jesse James (São Miguel), o "Desaguar" conta com o apoio da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea.

Foto: © Bienal de Cerveira