Antígona em 2025: uma tragédia presente – Conversa com o coletivo SillySeason

Desde 2012, o coletivo SillySeason (Ricardo Teixeira, Ivo Saraiva e Silva e Cátia Tomé) tem vindo a afirmar-se como uma das vozes mais inquietas e provocadoras do teatro contemporâneo português. Conhecidos pela sua abordagem crítica, multidisciplinar e politicamente consciente, os seus espetáculos têm desafiado convenções e trazido para cena temas urgentes e incómodos.

Com "Antígona", que estreou em Loulé e estará em Lisboa de 23 a 27 de abril, o grupo revisita o clássico de Sófocles à luz das inquietações do presente: jovens esmagados por políticas governamentais, sonhos cancelados antes de nascer, e um futuro onde a tragédia já não é apenas grega, mas profundamente nossa.

Nesta nova criação, o coletivo junta-se a intérpretes de diferentes gerações - entre eles Mónica Calle, figura incontornável do teatro nacional - para questionar o poder, a justiça e a possibilidade de sonhar em 2025. Falámos com os criadores sobre o percurso dos SillySeason, o processo criativo desta "Antígona" e os caminhos que vislumbram para o futuro do teatro.