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A Câmara Municipal de Mafra aprovou ontem, por unanimidade, o lançamento de um concurso público para a construção do edifício que acolherá o Arquivo Nacional do Som. O projeto representa um investimento de 4,5 milhões de euros, totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com conclusão prevista num prazo de um ano após o início da obra.
O novo edifício será construído de raiz na vila de Mafra, distrito de Lisboa, e terá cinco pisos concebidos para diferentes funções, incluindo zonas de serviço, laboratórios, depósitos e espaços de interação com o público. O projeto, desenvolvido pelo Ateliê Carvalho Araújo Arquitetos, aposta numa integração harmoniosa com o ambiente envolvente, prevendo ainda um jardim público e a possibilidade de futura expansão do arquivo.
Além do financiamento para a construção, o PRR destina dois milhões de euros para a aquisição de equipamentos especializados, essenciais para a conservação e digitalização do património sonoro nacional. A digitalização é um objetivo prioritário, dado que muitos documentos estão ameaçados pela degradação física ou tecnológica dos seus suportes.
O Arquivo Nacional do Som reunirá mais de meio milhão de registos sonoros, desde cilindros de cera e discos do final do século XIX até gravações digitais contemporâneas, como podcasts e músicas publicadas em plataformas digitais. Cerca de 90% dos registos identificados pertencem à Área Metropolitana de Lisboa, o que reforça a pertinência da sua localização em Mafra.
O projeto resulta de uma parceria entre a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e o Município de Mafra, sob tutela do Ministério da Cultura e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A sua concretização surge após anos de adiamentos, desde a primeira promessa feita em 2006, e foi reiterada como prioridade em 2016, com a inclusão nas Grandes Opções do Plano.
O coordenador da estrutura de missão, Pedro Félix, sublinhou à agência Lusa a urgência da intervenção em cerca de 170.000 suportes sonoros identificados como mais vulneráveis, abrangendo registos de transmissões radiofónicas, sons da natureza, peças de teatro radiofónico e gravações musicais.
A construção do Arquivo Nacional do Som promete salvaguardar este património valioso, garantindo não só a sua conservação mas também o acesso ao legado cultural e histórico do país, que abrange mais de um século de memória sonora.
Foto: © Ivan Bandura
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