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Mais de uma centena de concertos, colóquios, filmes, oficinas e um plano de salvaguarda integram a programação que celebra o centenário de nascimento de Carlos Paredes, guitarrista ícone da música portuguesa, apresentada hoje no Museu do Fado, em Lisboa.
A iniciativa, intitulada “Variações para Carlos Paredes”, foi anunciada pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, que destacou a capacidade do músico de “unir tradição e modernidade” e o seu papel na definição da identidade cultural portuguesa.
Com início em fevereiro, o programa distribui-se por três áreas principais: a vertente performativa, que inclui concertos e espetáculos; a vertente de investigação, com colóquios e publicações; e a vertente educativa, com oficinas e projetos pedagógicos.
O arranque oficial está marcado para 5 de fevereiro, em Lisboa, com um concerto da Orquestra Metropolitana no Teatro Municipal São Luiz. No dia seguinte, o espetáculo multidisciplinar “Perpétuo”, encenado por Diogo Varela Silva, terá lugar no Centro Cultural de Belém.
A 16 de fevereiro, data do centenário do nascimento do músico, a Aula Magna da Universidade de Lisboa acolherá um concerto especial com a presença de artistas como a guitarrista Luísa Amaro, o pianista Mário Laginha e a cantora A Garota Não.
Entre os destaques da programação estão ainda uma digressão dos guitarristas Norberto Lobo e Ben Chasny, concertos de Mário Laginha em Braga e festivais de fado dedicados a Carlos Paredes em países como Espanha, China, México e Japão, onde o grupo Alvorada atuará na Exposição Mundial de Osaka 2025.
O Arquivo Nacional do Som irá implementar um plano de preservação da obra fonográfica de Carlos Paredes, com a recolha de gravações e documentos sonoros, bem como a criação de uma discografia completa que será disponibilizada online.
Estão previstas edições e reedições, incluindo o livro “Carlos Paredes – A guitarra de um povo”, que trará uma gravação inédita de um concerto, e uma investigação sobre Artur Paredes, pai do guitarrista, com registos sonoros raros.
No final do ano, o Museu do Fado será palco de dois colóquios sobre o legado do artista e da exibição de documentários de realizadores como Graça Castanheira e Ivan Dias.
Na vertente educativa, destaca-se o lançamento da plataforma digital TOCABEM, dedicada ao ensino de guitarra portuguesa e viola, e a estreia do espetáculo musical “100 Paredes”, protagonizado por crianças e jovens, em setembro.
Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, sublinhou o impacto duradouro do músico: “Esta celebração imortaliza o mestre da guitarra portuguesa, um homem que encarna a essência da alma portuguesa”.
As comemorações não se limitarão a Portugal, com eventos programados em 12 países e quatro continentes, reforçando a dimensão global da obra de Carlos Paredes.
Nascido em Coimbra, em 16 de fevereiro de 1925, Carlos Paredes foi um continuador da tradição da guitarra de Coimbra, mas inovou com uma abordagem pessoal que o levou aos maiores palcos mundiais e a colaborações com artistas como Charlie Haden.
O seu ativismo antifascista e as suas composições, como “Verdes Anos”, tornaram-no uma figura ímpar da música e da cultura portuguesa.
Toda a programação pode ser consultada no site oficial: www.centenariocarlosparedes.pt.
Foto: © Hugo Correia
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