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Desde a sua reeleição, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem promovido mudanças significativas no Kennedy Center, substituindo membros da administração do prestigiado centro cultural por apoiantes da sua presidência. Uma das decisões mais controversas foi o cancelamento de um concerto do Gay Men's Chorus of Washington, D.C., uma medida que gerou críticas no meio artístico e político.
A administração do Kennedy Center sofreu uma reformulação profunda, com Trump a destituir a direção da instituição e a ser eleito presidente do conselho por unanimidade. Entre os nomes recentemente nomeados para a direção estáo a Procuradora-Geral Pamela Bondi, a estrela da música 'country' Lee Greenwood e a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles. Estas nomeações alteraram o equilíbrio tradicional entre democratas e republicanos na gestão da instituição, tornando-a predominantemente republicana.
Numa declaração ao Wall Street Journal, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, justificou as mudanças afirmando que "o Kennedy Center aprendeu da maneira mais difícil que, se formos 'woke', vamos à falência". A mesma garantiu que a nova gestão pretende transformar o centro numa "instituição próspera e altamente respeitada", que honre a "grande história e tradições dos Estados Unidos".
No entanto, as mudanças têm levantado dúvidas sobre o futuro financeiro da instituição. Trump afastou David M. Rubenstein, um dos maiores doadores do centro, e agora enfrenta a tarefa de garantir novos financiamentos. Michael M. Kaiser, que presidiu ao Kennedy Center durante 13 anos, alertou que este será "um desafio muito grande". A ex-presidente da instituição, Deborah F. Rutter, expressou preocupação com o futuro da instituição, sublinhando a complexidade do processo de obtenção de fundos e da gestão da relação com artistas e autoridades governamentais.
A polémica tem levado a reações no meio artístico. Consultores do Kennedy Center, como o músico Ben Folds e a cantora Renée Fleming, demitiram-se, enquanto o ator Issa Rae cancelou um espetáculo. Durante um concerto realizado recentemente, a cantora e compositora Victoria Clark manifestou-se contra Trump ao usar uma t-shirt com a inscrição "ANTI TRUMP AF".
Trump, que no seu primeiro mandato evitou envolver-se com o Kennedy Center, tem agora adotado uma postura mais ativa na sua administração. O presidente justificou a necessidade de reforma da instituição com referências a performances 'drag' realizadas no centro, prometendo redefinir o seu papel na cultura americana.
A história do Kennedy Center remonta ao final da década de 1950, quando o presidente republicano Dwight Eisenhower apoiou um projeto para um "Centro Nacional de Cultura". Mais tarde, o democrata John F. Kennedy impulsionou uma iniciativa de angariação de fundos, sendo sucedido pelo presidente Lyndon B. Johnson, que oficializou a designação do espaço em homenagem ao seu antecessor.
Agora, com uma nova administração e um futuro incerto, resta saber se Trump conseguirá concretizar a sua visão para o Kennedy Center sem comprometer o financiamento e o prestígio do emblemático centro de artes performativas.
Foto: © John F. Kennedy Center for the Performing Arts
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