Formiga Atómica apresenta novo projeto teatral "Só Mais Uma Gaivota"

A companhia de teatro Formiga Atómica prepara-se para estrear o seu mais recente projeto, "Só Mais Uma Gaivota", em setembro de 2025, no Centro Cultural de Belém (CCB). Com encenação e interpretação de Miguel Fragata, o espetáculo baseia-se na obra "A Gaivota" de Anton Tchékhov, contando com texto de Inês Barahona e do próprio Fragata.

O projeto distingue-se pelo seu processo de criação, antecedido por uma fase de investigação extensa e dividido em duas etapas. A primeira fase inicia-se no Dia Mundial do Teatro, a 27 de março de 2025, com a conferência "Bandos de Gaivotas", seguida pela leitura encenada "Uma Gaivota Comme Il Faut".

A conferência "Bandos de Gaivotas", a decorrer das 15h00 às 19h00 na Blackbox do CCB, resulta de uma parceria com o Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Esta sessão interativa reunirá encenadores, atores, cenógrafos e figurinistas que, ao longo dos anos, participaram em diferentes montagens de "A Gaivota", traçando um retrato da presença da obra em Portugal.

Mais tarde, às 20h00, na Sala Luís de Freitas Branco do CCB, a Formiga Atómica apresentará a leitura encenada "Uma Gaivota Comme Il Faut". Com direção de Miguel Fragata, a performance conta com um elenco de renome, incluindo Anabela Almeida, António Durães, Beatriz Batarda, Beatriz Maia, Duarte Guimarães, Íris Runa, Rodrigo Machado, Romeu Costa, Simon Frankel e Vasco Barroso. A abordagem irónica e imersiva desta leitura esbate as fronteiras entre a realidade e a ficção, proporcionando ao público um contacto direto com o texto clássico de Tchékhov.

O espetáculo "Só Mais Uma Gaivota" marca também um regresso pessoal para Miguel Fragata. Há duas décadas, o encenador e os seus colegas de curso levaram aos palcos "A Gaivota" e refletiram sobre o futuro. Agora, esta nova produção revisita esses sonhos e antecipa o que as próximas décadas poderão reservar.

Para além do espetáculo, o projeto inclui ainda um documentário e uma exposição que acompanharão a sua estreia, contribuindo para uma reflexão aprofundada sobre a evolução da obra e do teatro contemporâneo.

Foto: © Manuel Loureiro