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De 6 a 10 de junho decorreu a mais recente edição da Plataforma Portuguesa de Artes Performativas, a PT.23. A iniciativa do Espaço do Tempo, que acontece a cada dois anos desde 2009, em Montemor-o-Novo, tem como missão principal a difusão das artes performativas contemporâneas criadas em Portugal. Para tal, um júri especializado e diverso escolhe os artistas convidados.
A iniciativa partiu do coreógrafo Rui Horta, que concebeu o modelo inicial, aproveitando o seu percurso internacional para atrair programadores de todo o mundo a uma cidade alentejana que, sublinhe-se, foi ganhando substância artística, não só pela presença d’O Espaço do Tempo, mas também com os artistas e estruturas que se se têm instalado lá.
O júri da edição 8 da Plataforma foi renovado e suscitou vários debates entre os seus membros. Chegaram a um conjunto de 18 espetáculos, que fez parte do evento deste ano.
A edição de 2023 da PT abriu em Lisboa, no Teatro do Bairro Alto (TBA), seguindo posteriormente para Montemor-o-Novo. Foi, assim, dada a oportunidade aos convidados de conhecerem este teatro lisboeta dedicado à experimentação artística.
Durante os dias alentejanos viveu-se o famoso “ambiente da PT” em que, apesar da agenda ser intensa, houve espaço para “respirar” entre espetáculos, quer no meeting point, quer durante as refeições, todas vegetarianas. Os encontros nas refeições, em mesas corridas, foi profícuo em animadas conversas e troca de contactos.
Volto ao meeting point, este ano na Sociedade Carlista de Montemor-o-Novo, um local icónico da cidade, em que se cruzou o local e o internacional, e onde cada tipo de cerveja é designada por um instrumento musical. Escolhendo o maior, a tuba, há direito ao toque de uma sineta pelo empregado, o que gera grande animação nos presentes.
A programação foi muito diversa, em termos de propostas artísticas, de várias disciplinas e origens temáticas. Dança, teatro e performance fizeram parte do programa. As grandes questões contemporâneas estiveram presentes, tais como os limites do que se pode fazer em palco, ou as questões de identidade de género, ao lado de propostas menos arriscadas tematicamente, mas igualmente pertinentes e saudadas pelos programadores presentes, tais como linguagens coreográficas atualizadas, ou a fronteira no teatro entre realidade e ficção.
A PT.23 foi a primeira prova de fogo da nova Direção Artística do Espaço do Tempo, na pessoa de Pedro Barreiro, e que, diria, superou com distinção. Quaisquer imprevistos que tenham acontecido, e certamente aconteceram, foram resolvidos de forma célere e sem beliscar a experiência dos convidados.
Fica o desejo de que as próximas edições da PT mantenham a fasquia da qualidade artística bem alta, já que a sua missão é mostrar o que de melhor se fez nas artes performativas em Portugal no biénio anterior.
Na sua peça “O elefante no meio da sala”, que fez parte da seleção, Vânia Doutel Vaz diz: “Se tudo correr mal, eu danço”. Tudo correu bem, mas mesmo assim dançou-se muito. Até 2025!
Foto de Inês Sambas
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