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O Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, inaugura esta terça-feira a exposição “O humor unido jamais será vencido: os cartoons da Revolução (1974–1976)”, que reúne mais de 130 caricaturas e desenhos humorísticos criados nos anos imediatamente a seguir ao 25 de Abril de 1974. A mostra integra as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos e estará patente até 9 de março de 2025.
A exposição destaca o papel do cartoon editorial como ferramenta de reflexão sobre os acontecimentos marcantes do período histórico entre 1974 e 1976, marcado pela queda da ditadura, o processo de democratização e as mudanças políticas e sociais em Portugal.
Organizada em três núcleos, a exposição apresenta trabalhos de artistas de renome, como António, Augusto Cid, João Abel Manta, José Vilhena, Sam e Vasco. Estes artistas aproveitaram o fim da censura para oferecer novas perspetivas, combinando crítica e humor, sobre os eventos de que foram testemunhas privilegiadas.
O primeiro núcleo foca-se nos protagonistas portugueses da revolução, retratados com um olhar satírico e muitas vezes implacável. Figuras de destaque, como antigos governantes, presidentes da República, ministros e membros do Conselho da Revolução, tornaram-se alvo das caricaturas que inundaram a imprensa da época.
O segundo núcleo explora o contexto internacional, revelando o impacto e o interesse que o processo revolucionário português despertou no Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, e no bloco de Leste, encabeçado pela União Soviética.
Já o terceiro núcleo reflete sobre a representação gráfica de ideologias políticas – como o comunismo, socialismo, social-democracia, democracia-cristã e fascismo – na imprensa portuguesa pós-revolução. Segundo o museu, o fim da censura permitiu que conceitos até então proibidos fossem debatidos, criticados e analisados através do humor.
Com curadoria do historiador Paulo Jorge Fernandes, a exposição sublinha como o humor gráfico ajudou a documentar e a interpretar um dos períodos mais dinâmicos da história contemporânea portuguesa. A mostra celebra não só a liberdade de expressão conquistada em 1974, mas também o papel dos cartoons na formação da consciência crítica coletiva.
Foto: © Cartoon de Cid
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