Conteúdos
Agenda
Recursos
Selecione a area onde pretende pesquisar
Conteúdos
Classificados
Recursos
Workshops
Crítica
Por
Partilhar
O Teatro do Bairro Alto (TBA), em Lisboa, prepara-se para iniciar 2025 com uma programação que desafia as convenções, transformando crises sociais e políticas em espetáculos. Entre janeiro e março, 15 propostas artísticas exploram temas como opressão, intuição, vulnerabilidade e resistência, oferecendo uma experiência cultural rica e diversificada.
Entre os destaques da programação está “O fim foi visto”, da atriz e dramaturga Teresa Coutinho, que estará em cena de 25 de fevereiro a 1 de março. Inspirada em Cassandra, de Christa Wolf, a peça funde ficção, elementos históricos e reflexões políticas, imaginando uma ditadura futura onde mulheres acusadas de bruxaria enfrentam repressões severas. O espetáculo presta homenagem à intuição e alerta para os perigos do crescimento da extrema-direita na Europa.
Outro destaque é “Fio ^”, da artista interdisciplinar Inês Campos, que inaugura a programação de 2025 com uma abordagem íntima à mente e à vulnerabilidade humana. Esta peça de dança e performance será apresentada de 9 a 11 de janeiro.
A performance “Crice crice baby”, da Plataforma285, que pensa sobre a obsessão humana pela crise, cruzando artes performativas, dança, artes visuais e um concerto ao vivo, estará em cena entre 20 de janeiro e 01 de fevereiro.
Em fevereiro, a dupla brasileira Davi Pontes & Wallace Ferreira estreia-se em Lisboa com três propostas que cruzam dança, performance e artes visuais, incluindo o filme/instalação Delirar o racial e duas peças da trilogia Repertório.
Além dos espetáculos, o TBA promove conversas e reflexões. No dia 22 de janeiro, uma assembleia intitulada “Imaginação radical como prática de libertação” reúne vozes como Aissatu Seidi e Apolo de Carvalho. Em fevereiro, Lola Rodrigues, conhecida como SoundPreta, lidera a conversa performativa “Da boca ao universo”, enquanto em março, Henrique J. Paris encerra o trimestre com “Humming as a praxis”, uma conferência-performance de cariz contra-colonial.
A programação inclui ainda o espetáculo de cabaret queer “Lucy and friends”, da britânica Lucy McCormick (14 e 15 de fevereiro), o concerto do compositor norte-americano Tashi Wada (5 de março), e a performance de dança a solo “Simbi em águas astronómicas”, de Inés Sybille Vooduness (14 a 16 de março).
Francisco Frazão, diretor do TBA, sublinha que esta temporada pretende transformar “negações da negação” em respostas criativas. “Entre janeiro e março, veremos como a intuição pode reescrever a História; como interrogar palavras e poses pode desmascarar a violência estrutural; como focar o detalhe revela universos; como os sonhos são políticos”, afirma.
Foto: Plataforma285 © Joanna Correia
Apoiar
Se quiseres apoiar o Coffeepaste, para continuarmos a fazer mais e melhor por ti e pela comunidade, vê como aqui.
Como apoiar
Se tiveres alguma questão, escreve-nos para info@coffeepaste.com
Mais
INFO
Inscreve-te na mailing list e recebe todas as novidades do Coffeepaste!
Ao subscreveres, passarás a receber os anúncios mais recentes, informações sobre novos conteúdos editoriais, as nossas iniciativas e outras informações por email. O teu endereço nunca será partilhado.
Apoios