MAPAS VIVOS
Contra-visualidade, práticas espaciais, gentrificação e a disputa pela cidade através da imagem.
Perante as políticas de desmemória, vale a pena refletir sobre o papel da fotografia e do ato de olhar na geração de processos de re-historização, na construção de espaços de imaginação política, na produção e rastreabilidade de cartografias da memória histórica e, sobretudo, na disputa pela cidade.
O presente laboratório é um exercício aberto que convida a uma reflexão sobre os espaços de memória, os arquivos silenciados, as cartografias dissidentes, os ecossistemas culturais, as práticas espaciais, as altermodernidades, as arquiteturas do possível, assim como sobre os modos de vida e as existência que foram apagadas pelos relatos visuais do olhar hegemónico contemporâneo.
Um dos objetivos é construir um laboratório transdisciplinar que forneça ferramentas teórico-práticas para uma análise transversal da gentrificação, abordando aspetos como o urbanismo crítico, a arquitetura antirracista, a justiça espacial, a justiça racial e a justiça ambiental, assim como em modelos dissidentes de habitabilidade e no direito à cidade. Do mesmo modo, propõe-se desenvolver em Lisboa uma exposição fotográfica com os projetos de documentação das pessoas participantes, com base no que for construído no laboratório.
O laboratório destina-se a investigadores, professores e estudantes, principalmente das áreas das ciências humanas, sociais e artísticas. É dirigido também a gestores culturais, fotógrafos, jornalistas, urbanistas, arquitetos, educadores, defensores dos direitos humanos, ativistas e académicos interessados nos estudos do Sul Global, em perspetivas antirracistas, pós-colonialismos e pensamento anticolonial. De forma geral, é aberto a todas as pessoas interessadas na cultura visual.