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© João Silveira Ramos
Entrevista a Alex Cortez, dinamizador do Musicbox.
Tens um percurso musical conhecido com os Rádio Macau. Em que altura e como surge o projecto Musicbox?No início dos anos 90, já tinha tido uma experiência nesta área, pois fui (com o Zé Pedro dos Xutos e Pontapés) um dos sócios fundadores do Johnny Guitar, um clube de rock que ficava em Santos e que ao longo de alguns anos (6 ou 7 se não estou em erro) promoveu centenas de concertos com bandas portuguesas e estrangeiras, algumas delas com enorme projecção (Da Weasel, Mão Morta, Sitiados… e claro está X&P e Radio Macau). O Musicbox surge com a mesma vontade de criar um espaço que se pudesse constituir como uma montra das novas tendências da música ao vivo e do clubbing, sendo em simultâneo uma referência também a nível internacional.
Acredito que ao fim destes 7 anos de existência o Musicbox deu provas para poder ser considerado um espaço que, em muito contribui, para a dinâmica cultural desta cidade.
Quais os critérios para elaborar a vossa programação?A Nossa programação, sendo bastante ecléctica, procura sempre ser de muita qualidade dentro dos vários géneros musicais que programamos. Temos uma equipa de programação que faz muita pesquisa e que, ao fim destes sete anos, criou uma rede de contactos com agentes internacionais permitindo-nos estar sempre a par das novidades e das tendências do circuito em que nos inserimos. Consideramos que a programação é a alma do Musicbox e procuramos que esta seja coerente, interessante e com muitíssima qualidade.
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© João Silveira Ramos
Existe um publico tipo do vosso espaço?O Musicbox tem vários públicos, eu diria que é díficil tipificar o público em termos de géneros musicais, pois temos noites que vão do Reggae, roots e derivados (Simply Rockers) até noites de música electrónica de raiz africana (Noites Príncipe) passando por concertos de todos os géneros possíveis dentro da música considerada mais urbana. A ideia é essa, possibilitar o cruzamento de públicos entre concertos e o período de clubbing.
Qual a importância do destaque que dão aos novos musicos?Damos a maior importância aos novos músicos (nacionais e internacionais) e gostamos até de provocar encontros e muitas vezes lançamos desafios a músicos para se juntarem e criarem novos projectos especificamente para o Musicbox. Temos a plena consciência da importância que o Musicbox, pela sua dimensão e visibilidade nos media, pode ter para as novas bandas com projectos de qualidade. Temos também vários momentos criados especificamente para isso; o OFFBEATZ (que acontece todas as quartas feiras) direccionado para novos músicos ou bandas e o Experiment Box, também às quartas feiras, mais direccionado para DJ's e live acts de musica electrónica (editámos este mês o primeiro CD que reúne 12 novos projectos nesta área)
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© Fábio Teixeira
Que papel pensas que o Musicbox teve na dinamização do Cais do Sodré como um polo de animação nocturna?Pensamos que demos o nosso modesto contributo para esta renovação. Este bairro sempre teve um passado e uma história ligada à noite e foi durante décadas uma grande referência da vida nocturna da cidade, no final dos anos 80 com o aparecimento de outros pólos na cidade, o Cais foi perdendo protagonismo que felizmente hoje recuperou transformando-se num ex-libris da vida nocturna da cidade. Acreditamos que o Cais do Sodré tem todas as condições para dar continuidade a uma longa tradição, embora adaptando-se às novas realidades e à qualidade que se pretende numa zona de lazer muito virada para o turismo.
A que poderemos assistir neste inicio de 2014?Este ano continuamos a procurar reforçar a diversidade e qualidade na programação, dando ainda bastante ênfase aos Festivais que são já uma referência na cidade (O Jameson Urban Routes e o Lisboa Capital Republica Popular, por exemplo). Continuamos a muito apostar nas novas tendências e queremos criar um modelo de programação diversificado e de muita qualidade.
www.musicboxlisboa.com