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A Câmara Municipal de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, anunciou a aquisição do acervo do renomado fotógrafo Eduardo Gageiro por 250 mil euros. A decisão visa a criação de uma casa-museu dedicada ao artista, reconhecendo a importância da sua obra e o seu impacto na valorização do território.
A autarquia justificou a aquisição, destacando o histórico de colaborações com Eduardo Gageiro, incluindo quatro exposições e três livros do autor que tiveram um impacto positivo na região e nos seus habitantes. A coleção adquirida abrange diversas facetas de Gageiro, desde a sua atuação como fotojornalista e fotógrafo, até a sua paixão por colecionar objetos relacionados com a fotografia, sua história e evolução técnica.
O acervo é composto por uma vasta gama de itens, incluindo fotografias e iconografia dos séculos XIX e XX, com destaque para retratos de estúdios e fotógrafos de renome nacionais e estrangeiros, além de negativos e diapositivos em vidro e película. A coleção também inclui uma biblioteca especializada em fotografia com mais de 200 exemplares, cerca de 700 equipamentos fotográficos e cinematográficos, e aproximadamente 300 provas fotográficas em molduras e telas de autoria de Gageiro.
A aquisição do acervo não foi isenta de questionamentos. Os eleitos do PSD e do movimento independente 'Unidos por Torres Vedras' levantaram dúvidas sobre as ligações do fotógrafo ao concelho e o valor de avaliação do acervo. A vereadora da Cultura, Ana Umbelino, esclareceu a ligação de Gageiro a Torres Vedras nos últimos 20 anos, mencionando exposições e livros editados em parceria com a autarquia.
A avaliação do acervo foi realizada por meio de diversas fontes, como catálogos, vendedores especializados e plataformas de venda, levando em consideração o estado de conservação, raridade, proveniência e acessórios dos equipamentos. O valor dos livros e fotografias foi estimado com base no valor médio de mercado e na raridade de cada objeto.
A oposição também questionou os gastos da autarquia com o acervo, uma vez que já haviam sido investidos 108 mil euros em dois contratos de depósito da coleção. A autarca confirmou o investimento na guarda e conservação do acervo, com o objetivo de garantir o seu estudo, digitalização e inventário. Ana Umbelino ressaltou que o acervo foi avaliado em 482 mil euros e será adquirido por um valor inferior, demonstrando o cuidado na gestão do interesse municipal.
Com a futura Casa-Museu Eduardo Gageiro, o município pretende atrair e fixar artistas, criadores e uma população qualificada que valorize o conhecimento, as artes e a cultura. A exposição da coleção do fotógrafo, que registrou momentos históricos como a revolução do 25 de Abril de 1974, promete ser um importante ponto de referência cultural na região.
Eduardo Gageiro, fotógrafo e fotojornalista português, é reconhecido pelos seus trabalhos marcantes e premiados, incluindo o World Press Photo em 1974.
Foto: © Agenda Cultural de Lisboa
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