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Duas visões sobre os Novos Talentos FNAC

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COFFEEPASTE
April 15, 2023

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Duas visões sobre os Novos Talentos FNAC

Com o objetivo de promover o talento nacional e dar palco à cultura, os Novos Talentos FNAC estão de volta para incentivar os portugueses a tirarem os seus projetos da gaveta e a partilharem-nos com o mundo. Conversámos com Catarina Ribeiro da Silva, Responsável de Comunicação Cultural e Institucional da FNAC Portugal e com Samuel Rolas, vencedor na categoria de Escrita na edição de 2022


Catarina Ribeiro da Silva, Responsável de Comunicação Cultural e Institucional da FNAC Portugal


Qual o principal objetivo do concurso Novos Talentos FNAC?

O principal objetivo da FNAC com este projeto, que já está na 21ª edição, é promover o talento nacional e dar palco à cultura. Sabemos que em Portugal ainda existem muitos artistas e muito talento por descobrir, ainda sem o palco que merecem. O nosso objetivo, na FNAC, é contrariar isso e provocar todos aqueles que têm arte para partilhar.  Acreditamos que a cultura é um ponto de encontro, e, neste caso, queremos que o seja entre os artistas e o seu potencial público.


Quais as categorias do concurso e como se pode concorrer?

Este concurso cresceu bastante nos últimos anos. Neste momento existem seis categorias diferentes. São elas fotografia, ilustração, escrita, cinema, música e videojogos. As candidaturas estão abertas até ao dia 30 de abril, através de uma plataforma online disponível no site da FNAC em www.fnac.pt/novostalentos.


A candidatura de cada área tem requisitos próprios todos definidos no respetivo regulamento que também encontram na plataforma. Na categoria de Cinema – seja ficção, experimental, híbrido, documentário ou animação – basta submeter uma curta-metragem, com até oito minutos, falada em língua portuguesa. Já na escrita procuramos contos originais, também em português, e com até 12 mil caracteres. Os que pretendem candidatar-se aos NTF2023 na categoria de Música devem por sua vez apresentar uma canção original, em link Youtube ou ficheiro mp3.


Na categoria de Fotografia é preciso submeter um projeto de entre 12 a 18 fotografias. E para os que se querem candidatar-se à categoria de Ilustração é necessário eleger três imagens integradas na temática “Cultura”. Por último, quem pretender candidatar-se ao prémio na categoria de Videojogos, precisa de enviar uma build do jogo jogável para PC, mostrar três minutos de vídeo de gameplay do jogo, sem edição ou efeitos, e um trailer. De uma forma muito resumida, é isto.


De que forma o prémio pode ajudar a tornar o panorama cultural ainda mais dinâmico?

Ainda antes da atribuição do prémio e da eleição dos vencedores e das menções honrosas, acreditamos que o facto de “abrirmos portas” a talentos ainda desconhecidos é o passo mais importante para movimentar o panorama cultural. Acima de tudo estamos a expor novos talentos a um grupo de jurados especialistas em cada uma das suas áreas e que muitas vezes acabam por entrar em contacto com alguns dos participantes para projetos futuros, mesmo que não tenham vencido o concurso.


O prémio de 10 mil euros que este ano temos para o vencedor de cada categoria, juntamente com os restantes prémios por categoria, são obviamente um bom isco para que jovens talentos decidam arriscar a sua sorte e mostrar o seu trabalho ao mundo.


O compromisso da FNAC de apoiar a cultura é a longo prazo?

A cultura faz parte do ADN da FNAC desde a sua criação. É esse o eixo que nos torna diferentes.


Há 25 anos em Portugal temos uma pegada cultural gratuita que mais nenhuma marca portuguesa tem. Desde sempre que lutamos pela democratização da Cultura pois sabemos que ela tem o poder de mudar mundo através do seu cariz transformador e libertador. 


Podemos olhar para o passado para projetar o futuro!  Estamos na 21ª edição dos Novos Talentos FNAC, organizamos desde há 11 anos o FNAC Live, um festival de entrada gratuita que este ano acontece mais uma vez nos Jardins da Torre de Belém, reunindo Novos Talentos e grandes nomes da música portuguesa. Temos todos os meses centenas de eventos, gratuitos, de Norte a Sul do nos fóruns FNAC desde apresentações de livros e discos, até atividades e workshops para crianças.


Este ano comemorámos o 25º aniversário da FNAC em Portugal em fevereiro com um evento, em que juntámos 25 artistas num concerto inédito na janela central dos Armazéns do Chiado – e garantimos que, de ano para ano, o nosso interesse de investimento na cultura só tende a aumentar. Queremos continuar a cultivar a diferença, dar espaço e palco aos artistas e trabalhar para que a cultura seja, cada vez mais, um ponto de encontro.

 

Samuel Rolas, NTF vencedor na categoria de Escrita na edição de 2022


O que te levou a concorrer aos Novos Talentos FNAC?

Desde logo o desejo de pôr à prova um dos meus textos. O processo criativo é muito solitário. Escrever e publicar, para mim, são ações distantes, muitas vezes sem relação. Portanto, os concursos literários operam, desde sempre, como mecanismos de legitimação. E o Novos Talentos FNAC, no âmbito da literatura e do relato breve, é uma referência em Portugal, não só como oportunidade real, mas também como potenciador de novos autores.


Como reagiste ao saber que eras o vencedor na categoria Escrita?

A primeira reação, claro, foi de incredulidade. Depois fiquei muito feliz. O que para mim era uma forma de testar o meu texto (e também a minha sorte) transformou-se num grato reconhecimento.

 

Fala-nos um pouco do texto com que venceste o prémio.

Trata-se de uma história sobre as sombras das relações familiares, sobre como a memória, esse motor de criação, intervém na realidade e estimula o rancor. Assim, partindo do roubo de uma cama articulada, o texto expõe o vínculo involuntário entre um neto e uma avó que, apesar das diferenças, passam por um processo comum de autoconhecimento.

 

Que vozes te inspiram a escrever?

Há poucas coisas mais felizes do que enumerar aquilo de que gostamos. Em português, Maria Gabriela Llansol e Agustina Bessa-Luís, a maior sem discussão. Ninguém iguala Roberto Calasso e Pascal Quignard. Por fim, não me lembro de largar Juan José Saer, um vício.

 

Como vai a literatura em Portugal?

Enquanto leitores estamos bem servidos, creio. Cada vez há mais editoras independentes, com propostas interessantes e uma força impressionante. Temos, também, grandíssimos livreiros. O meio literário é pequeno, mas irredutível. Quanto aos autores, basta ler a obra de Daniel Jonas, Djaimilia Pereira de Almeida e Pedro Eiras. E não tenho dúvidas de que há muitos novos autores a escrever. Com um legado como o nosso, a literatura portuguesa só pode ir bem.

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