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José Chaves sobre o Festival Múltiplo

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COFFEEPASTE
July 24, 2024

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José Chaves sobre o Festival Múltiplo

Na sua sexta edição, o Festival Múltiplo é um evento independente e sem fins lucrativos que se pretende opor à típica migração das massas para os grandes festivais de verão. Um pequeno festival feito por agentes locais, que permite habitar o centro histórico de Lisboa e manter vivos projetos independentes de alto valor artístico. Conversámos com José Chaves, da Galeria de Arte Contemporânea Zaratan, para saber mais. O Festival Múltiplo acontece dias 25, 26 e 27 de Julho de 2024.


Como surgiu o Festival Múltiplo e qual o seu objetivo?

Na altura da sua primeira edição, em 2015, Lisboa ainda ficava semi-vazia durante o mês de Agosto, não só em número de pessoas, mas sobretudo vazia a nível de oferta cultural. O Festival Múltiplo surgiu assim como um ato de resistência aos êxodos para os "algarves" e as peregrinagens em direção aos massivos festivais de verão. É um evento de micro escala para quem fica, por escolha ou necessidade. De resto, a pesquisa da Zaratan caracterizou-se desde início por querer sobrepor e entrelaçar música exploratória e artes visuais. O festival reforça e celebra este cruzamento, que nos tem permitido desmistificar a ideia que as entidades artísticas sejam lugares exclusivos: os "white cubes" podem e devem estimular o sentido de comunidade, o convívio, a participação e a interatividade.Todas as edições do festival são construídas num espírito e uma ética Do-It-Yourself, sem nenhum tipo de apoio institucional ou privado. O evento acontece graças à ajuda preciosa de um grande grupo de amigos, associados, artistas e até vizinhos, que contribuem com ideias, tempo e energia na construção coletiva do festival.

Que balanço fazes das edições passadas do festival?

Das edições anteriores surgiram encontros apaixonantes, colaborações inesperadas e novas amizades entre artistas emergentes e consolidados, entre artistas visuais e sonoros e entre artistas e visitantes. A Zaratan volta a centrar-se nos seus próprios eixos fundamentais (experimentalismo, independência, inclusão) e ao mesmo tempo ganha novas perspetivas sobre o que a arte contemporânea ambiciona ser (inovadora, plural, crítica).


A diversidade é palavra-chave?
Sem dúvida! A nível programático o facto de ser um evento independente possibilita a liberdade de podermos improvisar livremente e desestruturar as categorizações entre géneros musicais e artísticos para criar uma experiência única.


O que destacas do programa musical?

Fazer um destaque implicaria deixar alguém de fora, quando todos os intervenientes têm trabalhos e percursos interessantíssimos. Podemos listar os músicos todos por ordem alfabética: Abdul Moimême, Anna Piosik, Catapulta, Chikki Chikki, Gabriel Ferrandini, Joana Guerra, João Madeira, Local Loser, Maria Radich, Mário o Trovador, Mário Resende, Miguel Abras, Norberto Lobo, PirecSandex, Presidente Drógado, Sreya, Tiago Sousa e Vasco Alves. Cada dia do festival constrói uma viagem singular, fechando uma experiência múltipla com a sua própria coerência interna. Do free jazz a eletrónica pura, do beat à música clássica, e até um concerto para crianças na piscina no pátio (PirecSandex).


O que esperar das apresentações dos artistas que estiveram em residência?

Durante este mês tivemos o prazer de colaborar com Kathy Nguyen, uma escritora de ficção canadense, e com a artista visual norte-americana, Kym Cooper.
Kathy Nguyen escreve histórias de fantasmas. Atualmente, está a trabalhar em “This is Water”, uma coleção de contos de terror/horror que viaja por paisagens desertas e mundos em ruínas, reais e imaginários, através de sistemas hídricos naturais e antropogénicos.
Kym Cooper é uma artista multimédia que trabalha sobretudo com pintura abstrata e técnica mista. O seu foco é relatar os desafios traumáticos da experiência afro-americana. Ambas irão partilhar a sua investigação através de uma conversa (27 e 28 de julho, às 14h00) e abertura dos seus estúdios, localizado no andar de cima da galeria.
De alguma forma ambas nos levam para o reino dos espíritos: sejam fantasmas de um passado horrível de colonização ou uma boa história de terror para nos arrepiar.


Que artistas apresentarão o seu trabalho de design?

Convidamos um conjunto de 18 artistas visuais para criar um artwork inspirado no som de cada projeto a atuar. A lista de intervenientes inclui artistas com os quais colaboramos há muitos anos e novas colaborações. Ao lançar o convite fomos procurando uma grande diversidade de abordagens - figurativa (Joana Geraldes, João Fonte Santa, Elžbieta Rozanovaitė), abstrata (Daniela Rodrigues, Henrique Neves) conceptual (António Olaio, Pedro Gramaxo, João Viotti) - e técnicas - arte digital (Systaime, Felix Vong, Fonseca da Silva, tiaagh), colagem (Sara Franco, Bruno Humberto, Susana Borges), pintura (Carlos Gaspar, Paulo Uliard), gravura (Salomé Paiva). Apresentamos ainda duas obras inéditas em edição limitada de Nuno Viegas e Sara Mealha. Estas peças surgem como prolongamento das exposições individuais apresentadas por estes autores em 2022 e 2023 na Zaratan.


Que espaços vai o festival ocupar?

Para podermos apresentar uma programação deliberadamente concentrada e cumprir os horários propostos vamos alternar os concertos entre dois palcos: o da black box da Zaratan e a sala principal da galeria, mas não faltam atuações acústicas no pátio e deambulações pelo espaço todo.

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