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O Prémio Booker Internacional anunciou hoje os seis finalistas da edição de 2025, destacando autores e obras que, segundo o júri, oferecem “uma lente milagrosa através da qual se pode ver a experiência humana”. A shortlist inclui autores da Dinamarca, França, Japão, Itália, Índia e França, todos seleccionados pela primeira vez para esta distinção literária de renome mundial.
Entre os finalistas está o italiano Vincenzo Latronico, o único com obra já publicada em Portugal: As Perfeições, lançado pela editora Elsinore. Inspirado em As Coisas, de Georges Perec, o romance retrata a vida de um casal de jovens nómadas digitais em Berlim, submersos nas ilusões das redes sociais e numa busca constante — e frustrada — por uma vida perfeita. O júri descreve-o como “um relato profundo e agonizantemente bem observado do mal-estar existencial da vida milenar”.
Latronico concorre com Perfection (título em inglês), traduzido por Sophie Hughes. Os restantes finalistas incluem On the Calculation of Volume I, da dinamarquesa Solvej Balle (tradução de Barbara J. Haveland); Small Boat, do francês Vincent Delecroix (tradução de Helen Stevenson); Under the Eye of the Big Bird, da japonesa Hiromi Kawakami (tradução de Asa Yoneda); Heart Lamp, uma coleção de contos da indiana Banu Mushtaq (tradução de Deepa Bhasthi); e A Leopard-Skin Hat, da francesa Anne Serre (tradução de Mark Hutchinson).
Segundo Max Porter, escritor e presidente do júri, estas seis obras são “livros que expandem a mente” e funcionam como “veículos para conversas prementes e surpreendentes sobre a humanidade”. As narrativas abrangem temas como a inteligência artificial em cenários futuristas, a resistência feminina em sociedades patriarcais indianas, o desespero de migrantes no Canal da Mancha, e a repetição interminável de um mesmo dia — realidades que refletem as complexidades da experiência humana contemporânea.
A selecção final resultou da leitura de 154 livros ao longo de seis meses. Porter revelou que a escolha foi marcada por uma reflexão contínua sobre “o que significa ser um ser humano agora”, questionando temas como identidade, liberdade, corpo, linguagem e pertença.
Cada finalista receberá um prémio de cinco mil libras, a dividir entre autor e tradutor. O vencedor do Prémio Booker Internacional será anunciado no dia 20 de maio, numa cerimónia a realizar-se na galeria Tate Modern, em Londres, e receberá 50 mil libras, também repartidas entre autor e tradutor.
Em 2024, o galardão foi atribuído a Kairos, de Jenny Erpenbeck, com tradução de Michael Hofmann.
Foto: © Yuki Sugiura
Notícia adaptada. Fonte: LUSA
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