R. Nova da Trindade 9
1200-466 Lisboa
Portugal
“A ideia de trabalhar o neorrealismo, nasce de uma vontade minha, pois tendo sido nascida e criada na lezíria ribatejana, conheci bem de perto os protagonistas das obras de Soeiro e Redol. Passados muitos anos, senti a necessidade de “voltar à terra”, à minha infância e adolescência. Ao mesmo tempo, nessa viagem de retorno cruzei-me com este que foi o movimento neorrealista português – A luta dos pobres. As gentes da lezíria, os operários da fábrica em Alhandra, os avieiros, os esteiros, os telhais, os campinos, os capatazes, os latifundiários, os ciganos, etc.; uma comunidade socialmente rica e digna de análise, como o fizeram tão bem Soeiro Pereira Gomes e Alves Redol (Alhandra e Vila franca de Xira). Em Almada, começámos esta viagem pelo neorrealismo com “O Cravo Espanhol” de Romeu Correia, que levámos a Ponte de Sor, Castro Verde, Setúbal, Alverca, Seixal e Leiria; passamos em “Gândara” de Carlos de Oliveira e o seu “Finisterra” e acabamos em Alhandra nos telhais dos “Esteiros” de Soeiro Pereira Gomes. A adaptação pretende trazer esta obra para a contemporaneidade, transportando as crianças trabalhadoras dos telhais e jovens operários para os dias de hoje. Quem são hoje os filhos dos homens que nunca foram meninos?”
Maria João Luís
*150 milhões é o número de menores que, segundo a Amnistia Internacional, são hoje vítimas de trabalho infantil.
Encenação Maria João Luís
A partir de Em Homenagem aos nossos empregados de Mickael de Oliveira, A Gaivota de Anton Tchékhov e Esteiros de Soeiro Pereira Gomes
Com Beatriz Godinho, Catarina Rôlo Salgueiro, Emanuel Arada, Ivo Alexandre, João Saboga, José Leite, Hélder Agapito, Lígia Soares e Teresa Sobral.
Cenografia Ângela Rocha
Vídeo Inês Oliveira
Movimento Paula Careto
Desenho de Som José Peixoto
Desenho de Luz Pedro Domingos
Assistência de Encenação Catarina Rôlo Salgueiro
Direção de Produção Pedro Domingos
Coprodução Teatro da Trindade INATEL e Teatro da Terra
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