Av. Frei Miguel Contreiras 52
1700 Lisboa
Portugal
Começámos esta Nova Criação a formar arquivo, confiando que se captássemos o que fazíamos, poderíamos olhar para o que já se tinha passado. Assim, tentando não perder o fio à meada, procurámos pistas que nos informassem sobre o que poderíamos construir para a frente. A cada nova dança a dois gravámos e projetámos na parede de fundo a filmagem da vez anterior. A partir daqui desenvolvemos um dispositivo cénico que é a materialização do movimento de ida do agora para o passado e para o futuro. Uma mise en abyme ou túnel temporal, que permite ver o que se repete e o que varia, revelando o caminho da construção desta peça. Entusiasmados a responder ao processo, exageramos, e quanto mais nos filmamos, mais nos reproduzimos e mais nos desmultiplicamos, correndo o risco de baralhar imagem com realidade.
Filmar é tentar sobreviver, mas é também mostrar uma morte. Daí surge a necessidade de reformulação constante, porque precisamos sempre de continuar. Não precisamos?
Teresa Silva e Filipe Pereira
direção artística, interpretação, cenografia e figurinos:
Filipe Pereira e Teresa Silva
direção técnica e desenho de luz:
Frederico Godinho
desenho de som:
Rui Dâmaso
acompanhamento artístico na residência de novembro 2015:
Sabine Macher
apoio residências:
Anda&Fala Associação Cultural, Devir/CAPa, Materiais Diversos/Centro Cultural do Cartaxo, Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, O Espaço do Tempo e Escola Superior de Dança.
coprodução:
Maria Matos Teatro Municipal e Festival Temps d’Images Lisboa
apoio à criação:
Circular Associação Cultural e Materiais Diversos
agradecimentos:
David Cabecinha, Horta Seca e O Espaço do Tempo.
fotos:
Maria Gomes
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