O ponto de partida do dueto A Power Ballad é o mútuo fascínio dos criadores pelo universo artístico de cabaré burlesco, associado à estética de old glamour e de decadência do showbiz. A maior inspiração: Tempest Storm, a artista que aos 83 anos continua a actuar, sendo idolatrada por alguns e objecto de repulsa para muitos. A Power Ballad terá como base pequenas ficções sobre figuras excêntricas e decadentes, que lidam com o vazio de um pós-fama num corpo envelhecido que já não corresponde ao “ideal”, ao cânone estruturado pela sociedade ocidental sobre o consumo de mercadorias. A ideia de como a identidade corpórea – com memórias privadas / íntimas – se pode confundir com a sua aparência pública – cheia de memórias colectivas / empresariais.
Como nas baladas antigas, A Power Ballad é também uma “poesia narrativa de lendas”, neste caso lendas has beens, não requisitadas nem para os programas da manhã na TV.
Direcção, concepção e interpretação Mariana Tengner Barros
Co-criação Mark Lewis Tompkins
Assistência à criação / Figurinos / Video António Mv
Textos Mariana Tengner Barros e Mark Tompkins
Coreografia e cenografia Mariana Tengner Barros
Música original Filipe Lopes em colaboração com Mariana Tengner Barros e Mark Tompkins
Desenho de Luz e Direcção técnica Nuno Patinho
Produção EIRA (Lisboa / Portugal)
A EIRA é uma estrutura apoiada pelo Governo de Portugal/ Secretaria de Estado da Cultura – Direcção Geral das Artes
Co-produção CCB/Eira
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