Qual o balanço que faz dos 20 anos de actividade que as Produções Fictícias levam?
Neste momento, em que já vamos a caminho dos 21, prefiro não fazer balanços e falar do presente. E o presente é uma pergunta: O que fazer com o que fizemos até aqui? Criámos, ligámos e produzimos mil e uma coisas nos últimos 20 anos. Temos uma agência, uma rede criativa, uma marca, um canal (Q) e um jornal (Inimigo Público). E agora? E o que fazer com as mil e uma coisas que queremos fazer? O balanço que queremos fazer é a resposta a dar a esta pergunta.
Há falta de argumentistas em Portugal?
Há. E há sobretudo falta de produtores e programadores que dêem aos argumentistas as condições para eles existirem. Há sobretudo falta de produtores e programadores a sério.
O audiovisual em Portugal é saturado pelos mesmos formatos. Que novos conteúdos gostaria de explorar no canal Q?
Séries de ficção de todos os tipos e formatos. E documentários. Sobretudo séries e documentários que não passem nos canais mais conhecidos.
As Produções Fictícias são normalmente associadas a textos de contorno humorístico. Faz parte dos vossos planos abarcarem outros registos?
Sim . Gostaríamos muito de produzir séries de ficção.
“O Eixo do Mal” é a verdadeira oposição politica em Portugal?
“O Eixo do Mal”, como o nome indica, não é verdadeiro nem falso, é irónico. E tanto faz oposição ao governo como à oposição. Antes de mais, mais que oposição, é posição. Ou posições. Várias.
Qual é o projecto que ainda tem por realizar?
Muitos. Por exemplo, fazer um filme.
Muito bem. Gosto muito do vosso tipo de entrevistas, aliás sempre muito interessantes, muito cuidadas e muito bem escritas.
Muito obrigado Ernesto, é bom saber.